Marcadores

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vontade de Sumir

O que fazer quando surge aquela estranha vontade de sumir?

Alguma coisa acontece, e no momento a única coisa em que você consegue pensar é: quero sumir daqui agora e ficar longe por, no mínimo, 10 anos. Mas a situação se estende e vai piorando a cada segundo, juntamente com a sua vontade de sumir. Então, depois de longos minutos de agonia e sofrimento você se manda do lugar. E vai pra onde? Pro seu quarto? Pro banheiro? Entra no carro? Entra no armário? Tenta entrar no forno? Se esconde? Mas e ai? Uma hora você precisa sair. E como encarar a vida depois disso? Como tirar aquilo da cabeça? Vai conversar com alguém que não tem nada a ver com a história? Então a pessoa pergunta: como você está? E vem aquela vontade de chorar e dizer: QUERO SUMIR!!

Pronto, desabafou! E agora? A pessoa pergunta o por quê. Você fala que não foi nada e tenta mudar de assunto ou desabafa logo de uma vez e relembra toda aquela lamentável situação? Se você conta, cada palavra que sai de você leva um pedaço da sua dignidade junto. E mais uma pessoa fica sabendo. Conto ou não conto?

Então, depois de mais longos minutos tentando tomar a decisão você conta!

Ai!! As palavras vão saindo e você contendo as lagrimas da vergonha. Você só falta fechar os olhos quando termina pra não ter que encarar o mundo mais uma vez. Então a pessoa diz: É só isso? (com aquela cara de tédio). Como assim só isso? Você quase morreu pra contar e ela não dá a mínima? Age como se fosse a coisa mais normal do mundo?

Então você para e pensa. Pensa... Pensa... Pensa... E percebe que a pessoa tem razão. Aquilo que parecia o fim do mundo pra você, não é tão ruim. Pode não ter sido agradável, mas sua vida não vai desmoronar por causa disso.

Você para, respira. Levanta a cabeça e continua a vida como se nada tivesse acontecido. Tenta esquecer, coloca uma pedra em cima, apaga, manda pro inferno ou o que for aquela lembrança. Se liberta do constrangimento e se prapara para o próximo.

É isso ai, esse não foi o ultimo da sua vida. E se você acha que foi ruim, espera pra ver o próximo. E não tem como evitar? Talvez, mas é difícil. O jeito é aprender a lidar com isso de forma sensata. Tentar aprender com os pequenos erros e não deixar que aquilo tome conta de você.

domingo, 20 de novembro de 2011

Conflito Interno

As coisas que fazemos e das quais nos arrependemos são feitas de forma consciente. Essa consciência dos atos, além de nos impedir de dizer: eu não fiz de propósito, nos convence de que, naquele momento, aquilo era a coisa certa a fazer. Certa não no sentido de estar moralmente correta, mas sim de ser a melhor reação para a situação na qual você se encontra.
Depois que passa, você pensa no que fez e se arrepende. O arrependimento vem tão forte que você acaba pensando que não foi realmente você quem fez aquilo. Ai você usa a desculpa: eu não estava pensando direito.
As pessoas dizem: pense duas vezes antes de fazer alguma coisa.
Como se isso adiantasse!!
Não importa quantas vezes você pense, se naquele momento aquilo parece o certo a fazer.
Então vem a ideia que eu mais gosto:
É como se existissem duas pessoas dentro de mim.
A primeira é aquela que está ativa o tempo todo, executa as tarefas diárias, é a responsável pelos verdadeiros sentimentos, aquela que procura se relacionar bem com as pessoas, que se importa com tudo e todos.
A segunda só aparece nos momentos dificeis, nos momentos em que você precisa se defender.
O seu lado que exerce a defesa só se importa com você, e quando ele toma o controle do corpo, não exita em destruir tudo que pode te tornar fraco.
Esse lado, despertado pelo perigo, faz com que você faça coisas das quais você se arrepende quando ele se esconde novamente.
Quando o outro lado volta, ele percebe o que aconteceu em sua ausência, ele começa a analisar cada fragmento encontrado de tudo aquilo que ele havia construido. Sua tristeza é tanta ao ver o fruto de seus esforços destruido, que ele se volta contra o corpo e o abandona.
Nessa hora, quando nenhum dos lados está presente, o arrependimento toma o controle e invade a mente.
Mas o arrependimento é um sentimento vazio, que não preenche o espaço. Quando você se sente arrependido, se sente vazio, como se nada mais fizesse sentido. Nada mais te guia além daquele triste sentimento.

Nossa, filosofei demais agora. Filosofei tanto que me perdi nos pensamentos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Simplesmente Viver

As pessoas nascem para morrer.
Por que então aprender? Para que servirá todo o conhecimento obtido no decorrer da vida? Para ser enterrado junto com os restos de um corpo usado?
Se pensarmos a curto prazo, não serve para nada; a médio prazo, pode trazer benefícios; a longo prazo, não serve para nada.
Resumindo, tudo aquilo que se aprende na vida serve para que os dias que virão não sejam tão miseráveis quanto os primeiros, mas no final tudo acaba, tudo foi em vão.
Viver para aprender, aprender para viver, viver para morrer depois de ter aprendido tudo.
De que adianta aprender a fazer o certo depois de fazer errado? O tempo não volta, os erros não serão concertados.
O que se pode fazer é evitar erros futuros. Mas estamos errando constantemente, sempre com coisas novas.
Então por que não desistir de tudo? Ficar sem fazer nada? Sem expectativas não há decepções. Sem decepções não reconhecemos os erros, sem erros não há necessidade de aprender. Se não temos que aprender, não temos que fazer coisa alguma, não temos que viver. Então, qual o sentido da vida?

"Falta de ocupação não é repouso; uma mente absolutamente vazia vive angustiada."
William Cowper